Champagne Jacquesson

Jean-Hervé Chiquet é um homem de convicções, que, sob uma aparência calma, esconde um caráter temperamental. À frente dos champanhes Jacquesson, em Dizy, Jean-Hervé Chiquet, juntamente com o irmão Laurent desenvolveram esta propriedade que o pai adquiriu da família de Tassigny em 1974, um grande nome em Champagne. Um fato curioso: este foi um dos Champagnes favoritos de Napoleão Bonaparte. Além disso, o muselet foi inventado por Adolphe Jacquesson, um dos ancestrais das casas! 

Uma característica atípica é que essa maison não produz champanhe brut NV, aquele champanhe standard (padrão), feito da mistura da colheita do ano e dos vinhos de reserva, de modo a obter um padrão todos os anos, com pouca variação a cada safra. Essa forma de produção representa a maioria da produção na região de Champanhe. Jean-Hervé Chiquet se orgulha de não seguir este padrão: “Decidimos deixar de fazer este champanhe, marcado pela procura de uma regularidade, para produzir um vinho que seja o melhor vinho possível a cada ano”, explica Jean-Hervé Chiquet. O resultado? As esplêndidas cuvées numeradas, os famosos “700”, que a cada ano oferecem um perfil diferente, representam 96% da produção (o resto é constituído por safras de lieux-dits).

Para Jean-Hervé Chiquet, existem três maneiras de encontrar um lugar ao sol em Champagne: ser o mais barato, “mas é complicado”, ser o mais conhecido, “mas é impossível com o poder de fogo dos grandes grupos como LVMH ”. Restou a eles somente a terceira via: "Ser o melhor". De fato, Jacquesson faz parte da elite. Os dois irmãos buscam sobriedade e se recusam a ser rotulados - eles não querem sinalização "orgânica", mesmo que a maior parte da vinícola seja conduzida desta forma. Podar folhas para arejar as vinhas e limitar o risco sanitário, mas não em excesso, para se preservar a ação da fotossíntese, uso de enxofre no combate ao oídio, confusão sexual contra predadores da videira... tudo isso soa bastante orgânico! Os irmão Chiquet podem se orgulhar de fazer os vinhos que amam!